segunda-feira, 6 de julho de 2009

A armadilha

First you captured my eyes, then stole my heart.
And it was my soul that ended up in a prison.

The bars are cold and the floor is wet,
but the heat inside keeps me going ahead.

A prisoner between the walls I built,
locked without being tried or guilt.



Nunca soube direito como agir, e nessas situações sua timidez o deixava ainda mais inepto. Mesmo assim, aqueles olhos o hipnotizavam e não conseguia desviar a vista. Desde que a conheceu a imagem dela povoava sua mente. Além de bonita, era simpática, inteligente, carismática...

Calejado, conseguiu evitar que este encanto se transformasse em uma paixão avassaladora logo de cara. Não conseguiu, porém, apagar de todo a chama que ela despertara. Sempre que sorria o olhar dela se iluminava e, com isso, seu coração ardia um pouco mais.

Dessa forma, aquele sentimento foi crescendo em seu peito, até que chegou o dia em que não resistiu e decidiu se declarar. Mas novamente sua timidez fez com que não fosse da maneira certa. A declaração saiu na hora errada (tarde demais?) e do jeito errado: preferiu escrever no lugar de falar.

A falta de resposta o deixou sem rumo. A frieza, deprimido. A melhor cura, se afastar, não estava a seu alcance: trabalhavam na mesma empresa, tinham muitos amigos em comum. Procurou então responder com indiferença. Não deu certo.

Mudou de estratégia. Resolveu levantar o véu da paixão e enxergar seus defeitos. Se não os tivesse, inventaria. Está gorda. É cheia de ziquizira. Volúvel. Neurótica. Insegura. Imatura. Superficial. Tem chulé! Sem efeito...

Com o tempo, aprendeu a conviver com este sentimento e terminou preso em uma armadilha que ele mesmo montou. Afinal, sempre dizem que, quando você achar "aquela" pessoa, você vai saber. O que nunca dizem é o que fazer quando esta pessoa não está nem aí pra você...

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