quinta-feira, 16 de julho de 2009

King Kong de Lilipute

Que o álcool é uma potente ferramenta social não preciso dizer, mas há o momento em que aquela dose passa a ser a mais e, ao invés de libertar da inibição, ele solta uma profusão de micos, gorilas e outros animais menos cotados que, se não nos matam de vergonha, pioram a ressaca. Por isso, em determinadas situações, o melhor é o consumo em ambientes “controlados”.
Foi o que aconteceu num fim de semana destes. Numa providencial medida, amiga recém-casada montou um verdadeiro bar em sua casa. Mesas com tampo de mármore, cooler repleto de cervejas, uísque, vodka, comidinhas e tudo mais que se tem direito. Chamado, não pude resistir ao convite de conhecer o “estabelecimento”.
Cheguei lá já devidamente “calibrado” por algumas doses de puro blended scotch consumidas em almoço de compromisso anterior. No suco de malte estava, nele fiquei. Afinal, é o cachorro engarrafado, mas quem mostra a fidelidade sou eu.
No recinto, apenas o casal anfitrião e mais uma grande amiga, que veio comigo do almoço e também já tinha tomado das suas. Papo vai, papo vem e vamos ficando cada vez mais animados (altos). Logo chega uma outra amiga recém-adquirida, mas tão gente boa que pouco nos importamos com os micos que já estavam escapando da jaula.
Algumas horas e muitos copos depois, a animação chega ao ápice. “Coloca Saltimbancos!”, pede a anfitriã. “Mas tem que ser a música da gata”, emenda a amiga. Pronto, o palco está montado. Som nas alturas, saímos todos a dançar pela sala. Depois de Nara Leão, Miúcha, Ruy e Magro entraram Janis, U2, gritos, abraços, tombos e pulos no sofá.
Se a nova amiga ficou chocada? Não sei, mas o que é pagar um King Kong destes sem platéia, ainda que com dimensões liliputianas. E mais não me pergunte, porque, se eu não lembro, eu não fiz!

PS: Na imagem, mais uma obra dos gêmeos Fábio Moon e Gabriel Bá. Não conhece? Então vai lá!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

 
Load Counter
massage table